Mr. Jack era um velho homem, viúvo, onde suas únicas e últimas paixões eram seus netos e sua casa, que cuidava como se fosse sua obra rara. Era uma casa velha, muito grande para a vida que tinha agora. Os filhos estavam longe, a não ser por Janeth viver ainda na pequena cidade, com o marido Stuart e o filho Maurice, o neto mais próximo e querido do carinhoso avô. Era uma casa na beira do mar, com uma vista fabulosa e tranquilizante. A cidade era Livingtown, que mantinha sua essencia antiga e aconchegante, ainda distante das invenções modernas.
Um dia, o velho Jack saiu para comprar frutas e legumes, pois a filha iria jantar em sua casa, obviamente acompanhada de seu marido e do amado neto. No caminho em direção à quitanda foi parado por um homem, um vendedor, sorridente e falante, que tentava vender ao velho homem um aparelho celular. Jack tinha um pensamento em sua mente nos últimos anos, de que o dinheiro que tinha não serviria pra muita coisa, além de cuidar de sí próprio e de sua casa, e por isso não dizia "não" a muitas coisas. Mas realmente não via intenção ou finalidade alguma com aquela compra.
O sábio vendedor se utilizou do que pôde para convencer o velho, que o questionou apenas uma vez, ao perguntar - Quem me ligaria? - falava com sua voz frágil e doce. Por fim, resolveu levar o telefone, sem realmente saber o porquê, já que nunca precisara antes de um.
Voltou para casa, e de alguma forma, estava empolgado em mostrar a sua nova aquisição para o neto, que sempre o acompanhava em seus loucos pensamentos.
... (continua)
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