19 de fev. de 2007

Desalento à flor da pele

19 de fev. de 2007

Viagem longa demais essa. O porto nunca chega, parece que nunca vai chegar.

Sinto náuseas, pelo vai e vem das ondas, pela indefinição da vida.

A maresia da carencia me arde os olhos. Frases desentendidas passam de lado a outro como peixes famintos em busca de comida. Estou zonzo, o enjoo aumenta a cada segundo.

O suor desce misturado com a água salgada. O mar me faz mal, a vida me faz mal.

Não entendo as pessoas, como vou entender a mim mesmo...

Perguntei a Deus se assim é a vida. Ele me respondeu de pronto. Resista, insista, se não conseguir desista. Não coloco palavras na boca de Deus, quem sou eu. Essa foi a resposta que eu dei a mim mesmo, e que repito todos os momentos.

Já estou insistindo, já resisti.

Tomei decisões. Se para bem ou mal só o tempo dirá, mas por enquanto me resta continuar.

Refletir, repensar.

Racionalmente procurar as opções a seguir e fazer. Antes que o inevitável naufrágio leve por água o que resta de vida.

Leve o vazio da morte existente e sempre tão presente.


Prefiro naufragar que atracar em portos inseguros.

Mas por agora só quero navegar!

E o que me resta?

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