Ela só é uma garota comum, com sono, com sonhos.
Brigas com os pais? Já está acostumada.
Ela só não consegue se acostumar com a idéia de ter que ser ela mesma. É isso que alguns amigos dizem.
Mas ...ela não pensa assim.
Ela se sente tão bem e mais confortável sendo o que quiser para as outras pessoas. Seria algo muito pessoal ser eu mesma com todos - pensa ela.
Sempre recatada em busca de um refúgio, seja ele embaixo da cama, debaixo da escada de casa, ou entre a multidão. Ela consegue se refugiar na multidão.
Então ela pensa: de que adianta ser verdadeira, se minha verdade é falsa, e se minha maneira de pensar reflete à tudo ser fútil e desprovido de qualquer sinal de sinceridade?
Não - pensa ela. Não quero ser isso.
Pra que me tornar algo que os outros querem que eu seja, mas que eles próprios não são?
Ela quer ter a liberdade de ser o que quiser. Verdadeira ou não tão verdadeira.
Porque, por mais que ela fale a verdade, sente a mentira.
Por mais que queira ser transparente, tudo ainda é muito escuro pra ela, muito opaco, que ela mal consegue enxergar tristeza ou alegria.
Ela só enxerga o que os outros querem.
Ela não enxerga nada.
Seu nome: pra que saber?
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