10 de out. de 2006

Relatos de um inconstante pensador...

10 de out. de 2006
Em certos momentos da vida, eu só desejava poder controlar o meu tempo, aquele que passou, o que passa e o que ainda está por vir.
Uma ânsia enorme de entender tudo que se passa, porque isto ou aquilo deu errado, ou até porque deu certo, mesmo sabendo que entender isso, é ilusão.
Desejava apenas entrar numa floresta escura, onde pouco ou nada surgisse aos meus olhos. Só queria sentir no rosto o vento do dever cumprido e da tranquilidade interna, uma sensação qualquer, que me libertasse, que me fizesse sorrir e levantar no dia seguinte.
Eu queria encontrar a lua, um lago de águas escuras, onde eu pudesse sentar à sua beira e ver meu reflexo no espelho d'água, e ter a oportunidade de me enxergar, de ao menos uma vez na vida ser quem eu realmente sou, do jeito que sou, independentemente da vontade ou visão alheia, queria ser eu.
Queria ser melhor, queria ser diferente, queria não sentir tudo que sinto, não viver nem tampouco enxergar tudo que vivo, não acreditar em certas verdades, queria torna-las mentira, para ao menos, crer, que nem tudo de mal que vejo, são verdades.
Quero tanta coisa, ao mesmo tempo, que não quero nada.
Só quero ter a chance de tentar ser o que sou, de fechar os olhos e por minutos ser algo.
Na verdade, bastaria sentar à beira daquele lago...

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